terça-feira, 9 de novembro de 2010

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"E onde gritavas impropérios,
eu fazia-te esplendor."





És apenas um nome
Nome sujo, sem rosa
e sem plumas.

Nome profano
Cantiga de agouro que ofende minha reza
e contamina meu ser.

Nome impróprio
Palavra pendurada entre tua boca
e meu ouvido.

Nome abstrato
Vocábulo com braços, pernas
e olhos que nunca me vêem.

Nome perdido
Som apartado da minha voz
por infindáveis ventanias.

Segredo inominável
Canto de um coro surdo
que narra a minha desgraça.